quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

julie & julia

Boa tarde pessoal...


Sei que estamos em falta aqui no blog, mais para isso temos otimas desculpas... estamos firmando novas parcerias para 2010!!!


Enquanto isso temos uma otima indicação de filme para voces JULIE & JULIA, quem ainda não assistiu fica nossa recomendação!!


bjs



Uma receita cuja combinação de ingredientes nasceu de uma ideia inusitada. E o resultado final ficou dos mais saborosos. A diretora Nora Ephron mostra todo o processo e o serve em “Julie & Julia”, filme que conta a história de duas mulheres, de diferentes épocas, que tiveram as vidas ligadas para sempre apenas pelo amor à gastronomia. O filme estreia em Natal – com o já tradicional atraso – neste fim de semana, apesar de já ter sido visto e elogiado por meio mundo. No papéis principais, Maryl Streep e Amy Adams se revezam em tempos e cozinhas diferentes, para mostrar como se prepara um prato cheio de sabores e sensibilidade. Acompanhe na telona e anote os ingredientes. Em tempos onde a gastronomia vive momentos de reconhecimento, exposição (às vezes equivocada) e glamour, a história de Julie e Julia é curiosa, bonita - e apetitosa. Elas nunca se conheceram pessoalmente, mas tiveram histórias de vida com pontos em comum, ligados de forma espontânea, e que chamaram a atenção da diretora e escritora Nora Ephron (de “Sintonia de amor”, “Mensagem para você” e “A feiticeira”).
O filme é baseado nos livros “Julie & Julia”, escrito pela própria Julie Powell, e “My life in France”, de Julia Child. Duas autobiografias que, como se fossem bons livros de receitas, inspiraram Nora a combinar ideias e servir uma boa história. O filme intercala a vida das duas mulheres, contando suas respectivas histórias de modo a encaixar os fatos. Em Paris, nos anos 40, Julia Child saboreia um linguado tão bom que a deixa emocionada. O ponto de partida que a inspirou a escrever o livro “My life in France”. Corta para cinco décadas mais tarde, para uma Nova York pós-onze de setembro e para a vidinha sem sal de Julie Powell. Ela é uma funcionária pública, escritora frustrada, com expectativas pouco interessantes de vida. Até que um velho livro de receitas passa em sua frente. Julie, cozinheira nas horas vagas, decidiu criar um projeto “ousado” para quando não estivesse atendendo a telefonemas de vítimas do 11 de setembro: seria o “The Julie/Julia Project”, onde prepararia 524 receitas ao longo de um ano, registrando tudo em um blog. As receitas são do famoso livro de culinária francesa de Julia Child, uma chef que havia desmistificado a cozinha daquele país em livro e programas de televisão. A página de Julie já trazia a mensagem “Ninguém aqui, a não ser nós, cozinheiras americanas sem empregadas”. A proposta era essa: ensinar a cozinha francesa às donas de casa. Paralela à história de Julie, a diretora apresenta ao espectador a vida de Julia (Meryl Streep), uma americana vivendo na França. Mulher elegante e amável, ela está na França para acompanhar o marido diplomata. Sem saber o que fazer para passar o tempo, decide aprofundar seus conhecimentos culinários e matricula-se na prestigiosa escola de culinária Le Cordon Bleu. As primeiras experiências com o curso não são muito animadores, mas Julia é persistente. Movida pela determinação, ela se torna mestre em fazer pratos excepcionais, e decide fazer um livro de receitas francesas para mulheres americanas, já que ela própria não dominava o idioma de Gustave Flaubert. As duas experiências se unem na película. As críticas positivas do filme ressaltaram a atuação de Meryl Streep. A Julia Child original era uma mulher alta, de 1,90m, enquanto Meryl tem 1,70m. Foram usados vários truques de câmera e de cenário, além de bastante salto alto, para dar a devida altura (ou impressão) para a atriz americana. O filme também chamou a atenção por ser o primeiro com importância baseada em um blog. A gastronomia e a internet, de fato, sãos os ingredientes principais do roteiro. Após a morte de Julia, em 2004, Julie retomou o blog para homenagear o ícone da culinária uma vez mais: “Julia Child tinha 90 anos quando morreu, ontem, enquanto dormia. É a morte que todos nós queremos, e depois de uma vida tão completa, isso faz parecer que ela era de fato uma alma de sorte, se é que sorte tem algo a ver com isso. Ela enriqueceu a vida de muitos –a minha ela literalmente virou do avesso. Morreu bem amada, e espero que bem alimentada. Não há tragédia aqui. É um dia de lembrança e celebração”.
Julia: dama da gastronomia francesa na América
Julia Child era uma mulher alta, elegante, doce e engraçada – a voz era semelhante a de um personagem de desenho animado, diziam. Esposa de um diplomata americano, chegou a Paris em 1948. Não sabia o que fazer para passar o tempo, até que decidiu se dedicar a uma recém-descoberta paixão: a cuisine francesa. Ela tornou a questão especial, por ter sido a primeira mulher norte-americana a estudar na famosa escola de gastronomia Le Cordon Bleau. A passagem no templo culinário francês não foi fácil. Por lá, foi alvo de machismo, xenofobia, e de opiniões afirmando que ela nunca seria uma boa cozinheira. Erraram feio. Julia Child revolucionou a culinária norte-americana quando lançou, em 1961, o livro “Mastering the Art of French Cooking”, em que reunia 524 receitas francesas. Seu objetivo era ensinar as artes francesas para as compatriotas donas de casa, desmistificando a gastronomia mais famosa do mundo. A desajeitada aluna de gastronomia acabou por se tornar uma verdadeira guru da culinária. Seus programas de televisão são vistos até hoje – alguns disponíveis na internet. Ela fez tanto sucesso com seu livro e programa de TV, que sua cozinha virou patrimônio cultural dos Estados Unidos, e está exposta no Instituto Smithson, em Washington. Ela faleceu em 2004.
Julie: A vida muda depois dos 30Julie Powell chegou à cozinha através da famigerada “crise dos 30”. Prestes a completar sua terceira década de vida, ela trabalha como secretária de uma repartição pública cuja função é atender ligações de pessoas que perderam parentes no 11 de setembro. Ainda está às voltas com as pressões para ter um filho, as recriminações das amigas “bem sucedidas”, e uma drástica mudança de endereço para um bairro barra-pesada, no Queens, junto com o marido. O caminho para se livrar desse quadro de eminente depressão foi fazer um blog confessional diferente dos outros. Cozinheira de mão cheia, ela decide fazer todas as receitas do livro de Julia Child e transmitir essa experiência através da internet. Um projeto que ela jura para si mesma levar à frente, e dar um rumo diferente para sua vida. Em sua quitinete – que ela prefere chamar de “loft” - a pequena cozinha vira o laboratório para as experiências culinárias. A cada prato, entre erros, acertos e alguns vexames, a garoto do Queens mostra seu talento para se conectar com os leitores e comprovar o sucesso do seu blog. Através da gatronomia, Julie se livra de sua insegurança e almeja o objetivo na vida que sempre procurou. Após vários convites para transformar o blog em livro, ela topou, e nasceu o projeto que Nora Ephron transformou em filme. Uma história de superação que dá água na boca.

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