quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Conselho Estadual de Saúde recomenda cancelamento do Carnatal

“Saúde não combina com comércio”, disse o presidente do conselho, Francisco Canindé dos Santos, diante do risco de surto da Influenza A.
Saúde não combina com comércio”. Foi com essas palavras que o presidente do Conselho Estadual de Saúde (Ces), Francisco Canindé dos Santos, apresentou o posicionamento do órgão pelo cancelamento do Carnatal. Ele considera preocupante o risco de surto da Influenza A.
Segundo Canindé, a posição do órgão foi divulgada com atraso em relação às datas da festa, porque, apenas nos últimos 20 ou 30 dias, o quadro de casos e óbitos registrados indicaram o cancelamento como a solução mais propícia. O anúncio do conselho foi feito hoje (3) pela manhã, durante entrevista coletiva, no prédio da Secretaria Estadual de Saúde.
O Conselho alega que o Rio Grande do Norte não tem retaguarda para suportar a possível situação de crise. O próprio parecer da Sociedade Rio-grandense do Norte de Infectologia, que determinou os cuidados a serem tomados na realização do evento, considera as deficiências da rede assistencial do estado.Canindé afirma que o Ces, que incorpora usuários, profissionais e gestores do sistema de saúde, não tem poder de decisão. O cancelamento do Carnatal só seria viável para o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal.
Ele alega ainda que, caso os índices de contágio do H1N1 sejam alarmantes após a micareta, a governadora Wilma de Faria e a prefeita Micarla de Souza devem ser responsabilizadas.
Uma das questões levantadas foi: como, diante do cenário crítico que se apresenta, as autoridades se propõem a realizar a festa? Foi divulgado pelas secretarias de saúde, estadual e municipal, que indivíduos com sintomas gripas ou enquadrados dentro dos grupos de risco, não deveriam participar da folia.
Para o representante da Ces, a situação é preocupante, uma vez que muitos diabéticos ou mesmo soropositivos não sabem serem portadores dessas doenças. “Existem pessoas que fazem parte dos grupos de risco e sequer sabem”, explica o presidente do órgão.
Outra das preocupações do conselho é a disseminação do vírus em outros estados ou países. “Os sintomas dos infectados não vão aparecer logo depois do Carnatal. Isso só vai acontecer depois de alguns dias, após o período de incubação do vírus”, alerta Canindé.

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