O primeiro passo para atletas amadores e profissionais é fazer uma consulta com o nutricionista para que, baseado nos hábitos alimentares, altura e composição corporal, ele sugira a melhor dieta para que o objetivo seja alcançado. “Cada caso é específico, cada pessoa tem uma estrutura diferente e precisa de uma alimentação específica para atingir as metas que tem”, explicou a nutricionista Helke Cunha.
Para se iniciar um treinamento ou prova, o corredor nunca pode estar em jejum. O ideal é que, entre 40 minutos e uma hora antes do início da atividade física o atleta ingira frutas (de preferência em forma de suco, adoçado com açúcar ou mel), e carboidratos, que podem ser encontrados em pães, por exemplo, que também ter o acompanhamento de uma geléia. No entanto, é necessário que se evite alimentos derivados do leite, devido à gordura, e carnes e molhos. Além disso, o consumo de alimentos muito fibrosos, como pão integral, aveia e frutas secas (ameixa, uva passa) também são desaconselhados antes dos treinamentos e provas. “Durante a atividade física, as principais fontes de energia são a glicose, os carboidratos e a própria gordura”, disse Helke Cunha.
De acordo com a nutricionista, o consumo de açúcar contribui para o acúmulo de glicogênio entre as fibras musculares, que contribui para o bom desempenho do atleta durante os treinamentos e as provas. Porém, no momento da atividade física, o corredor também precisa estar consciente do que deve consumir.
De maneira geral, quando o treinamento ou a prova são realizados dentro de períodos inferiores a uma hora, apenas a hidratação com água e isotônicos é suficiente para os atletas que iniciaram o trabalho alimentados de maneira adequada. “Mas devem lembrar que o ideal é o consumo de um litro de água para cada hora de treinamento”, alerta a nutricionista. Em período superior a uma hora de treinamento, os corredores precisam da recomposição também de carboidratos e açúcar. “A recomposição pode ser feita através de carboidrato em gel e mel, por exemplo. Mas não é aconselhável ingerir comida durante as provas devido aos riscos de refluxo ou até ânsia de vômito”, explica.
Ao contrário do que muitos podem pensar, a alimentação logo após o fim da prova ou do treinamento é tão importante quanto no início e durante as atividades físicas. É nesse momento que os corredores devem recompor as energias para evitar que haja a perda da massa magra com a quebra da célula muscular para que o organismo retire o glicogênio que está entre as fibras. “O ideal é que em até duas horas depois da atividade física haja a reposição, que pode ser feitas com macarrão, queijo, carnes, que são fontes de carboidratos e proteínas”, sugeriu a nutricionista.
Suplementos
Algo muito comum entre as pessoas que freqüentam academias e os atletas de alto rendimento é o consumo de suplementos alimentares, que contribuem para a melhoria do desempenho e aumento da massa muscular. Entretanto, para os atletas amadores que buscam apenas a melhoria da resistência aeróbica e saúde, o uso desses componentes é dispensável, na opinião de especialistas.
De modo geral, os suplementos alimentares mais conhecidos e utilizados pelos atletas amadores são relacionados ao aumento da massa muscular. Já os atletas de ponta, principalmente os corredores, precisam de uma dose extra de vitaminas, que é obtida através dos suplementos. “Não diria que não é recomendável, mas acho que uma alimentação adequada é suficiente para os atletas amadores, sim”, acredita Helke Cunha
“Tribuna do Norte"
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